Feliz Dia Internacional das
Mulheres
Por Cintia Bueno
Quando decidimos lançar o Blog
Mulheres de Fato, no Dia Internacional da Mulher, pensei em fazer um texto
falando das grandes mulheres da história do Brasil e do mundo. Depois de
algumas pesquisas, percebi o quão longo seria esse texto. Então, resolvi
escolher uma história, uma mulher que representasse todas nós, por sua força,
garra, determinação e sensibilidade.
Nem Anita Garibaldi, Cleópatra,
Rainha Elisabeth ou Joana D’Arc, resolvi falar de uma brasileira, uma mulher
que expressa toda nossa cultura, em sua grandeza de coração e alma. A “mulher
de fato” que decidi homenagear é a Dra. Silvia Nobre, a primeira indígena a
fazer parte do exército nacional e atual Médica Fisioterapeuta e Segundo
tenente Fisioterapeuta do Exército Brasileiro.
Depois de assistir a entrevista
que a Dra. Silvia Nobre concedeu ao Programa Todo Seu, do apresentador Ronnie
Von, fiquei encantada com a história de vida dessa guerreira e corajosa tenente.
Nossa “mulher de fato” é natural
de uma aldeia indígena e aos 6 anos se mudou para Macapá, com o intuito de
estudar. Porém, na escola somente as crianças brancas podiam hastear a bandeira
do Brasil. Silvia passou toda a infância sonhando em ter esse direito, um ato
de imensa representatividade para ela.
Mãe aos 13 anos, ex-moradora de
rua e ex-vendedora de livros, Silvia buscou nos estudos o caminho de vencer a
vida. Chegou a atuar na minissérie A Muralha, transmitida pela TV Globo, no ano
de 2000, mas foi no militarismo, que Silvia realizou o seu grande sonho, de hastear
a bandeira do seu país. Segundo ela, foi essa bandeira que a manteve de cabeça
erguida e a fez superar todos os obstáculos da vida.
Mesmo ouvindo sempre que era a
verdadeira brasileira, Silvia não entendia o motivo de ser a única criança, de
sua classe, a não praticar um gesto tão simples. “Eu passei a minha infância
inteira implorando, pedindo para hastear a bandeira do Brasil, mas só as
crianças brancas é que podiam fazer isso e eu não entedia. Por que eu sendo
brasileira não podia fazer aquilo, como as outras crianças. Então, todas as
vezes que eu olhava aquela bandeira, a lágrima escorria e era uma tortura pra
mim, porque eu queria muito aquilo”, declarou Silvia. E completou “Eu disse...
Um dia eu vou hastear essa bandeira e o meu país vai ter orgulho de mim”.
Ao ouvir essas palavras, tive a
certeza de que nós mulheres somos capazes de conquistarmos o que quisermos. Esse
trecho de um poema, de autor desconhecido, resume bem a alma feminina “Ser
mulher é viver mil vezes em apenas uma vida. É lutar por causas perdidas e
sempre sair vencedora. É estar antes do ontem e depois do amanhã. É desconhecer
a palavra recompensa apesar dos seus atos”.
Nossa “mulher de fato” realizou o
seu grande sonho ao se tornar a primeira indígena oficial do exército
brasileiro. Com isso, finalmente, Silvia hasteou a bandeira brasileira na
cerimônia de abertura dos 5° Jogos
Mundiais Militares do CISM.
Adorei o texto.
ResponderExcluirMuito bom ver esses exemplos de forca, garra e superacao.
O dia da mulher foi ontem, mas todas nos MULHERES DE FATO, sabemos que todo dia e nosso! ;)
Que bom que gostou!!!
ResponderExcluirObrigada por nos prestigiar Ana Paula!!!
Beijo!!